“Amo todo o universo da dança, pois ela é realmente a emoção expressa nos movimentos do corpo. E Não importa como você se sente, você simplesmente faz emergir aquele sentimento interior ”. (Michael Jackson).


“Você pode sempre sonhar, e seus sonhos se tornarão realidade, mas é você que tem que torná-los realidade”. (Michael Jackson).


11 de ago. de 2013





Michael Jackson Covers – Moonwalk Urbano

Acho que todo jovem que nasceu nos anos 80, assim como eu, alguma vez já se flagrou lembrando de algum momento da infância em que colocou a mão no saco e gritou “aw!”, seguido de uma tentativa de fazer o “moonwalk” ao som de Black or White. Michael Jackson, o Rei do Pop, quebrou recordes e mais recordes do mercado fonográfico, revolucionou de várias formas o mundo da cultura e do entretenimento e hoje, infelizmente, é muitas vezes lembrado como “um negro que virou branco” ou “um suposto pedófilo”. Não, NÃO, não é nada disso! Michael é e sempre será uma referência para inúmeras pessoas e hoje eu gostaria de relatar um exemplo disso. Vou contar a história da dona Deise e de seus filhos, os Michael Jackson Covers da Avenida Paulista.
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M1Tudo começou em junho de 2009, data do falecimento de Michael Jackson, quando, assim como inúmeros fãs do cantor, dona Deise caiu em uma tristeza profunda com o ocorrido. Seu filho do meio, Felipe, trouxe um DVD do Michael para alegrar a mãe. Nisso o filho mais velho, Matheus, resolveu aprender os movimentos que o Michael fazia no show e, depois de algum treino, o jovem realmente conseguiu fazer os passos de uma forma muito parecida. Depois disso o Felipe e o caçula da casa, Davi, também aprenderam e o caminho pras ruas acabou sendo consequente.
Estive na Paulista no último domingo prestigiando o show dos covers e também para bater um papo com eles e, realmente, fiquei encantado com o que vi. Era uma tarde agradável, por volta das 17 horas, na frente do Center 3. Uma caixa de som e uma lona xadrez estavam sobre o chão formando um palco que era emoldurado pelo Conjunto Nacional e os carros que passavam em sua frente. Da caixa saiam os maiores sucessos do cantor enquanto os irmãos dançavam e dezenas de pessoas prestigiavam um show. Um showzaço. Era impossível assistir sem, pelo menos, mexer a perna. A semelhança com o verdadeiro Michael é incrível, vale a pena dar uma espiada no videozinho que eu gravei.
A Deise, que me explicou que os shows na Paulista são a forma de sustentar a casa, fez questão de ponderar, “a gente faz isso também por amor ao Michael”. Aliás, ela e o Felipe passaram uns bons minutos me explicando uma série de fatos e informações que defendem o cantor de toda e qualquer acusação. Eles pregam a conscientização e o respeito pela figura do Michael, que teria sofrido ataques de “peixes graúdos”, como gravadoras e instituições, para desmoraliza-lo. No meio dessa explicação passou uma van com alguns jovens gritando, “Michael, aw!”, o que abriu brecha para a Deise e o Felipe comentarem que esse tipo de brincadeira com a imagem do cantor é uma lastima, e de certa forma é a vitória desses “peixes graúdos”.
M2Também exaltaram a grandeza da consciência do Michael, que conheceu a realidade de todos os continentes e se sensibilizou com inúmeras causas, fazendo com que na casa da dona Deise o cantor tivesse virado uma referência humana e até mesmo paterna para os seus filhos.
“Muita gente pensa que eu já fiz aula de dança”, comentou o Matheus. A verdade é que muita gente pensa muita coisa vendo esses irmãos dançando. Eles comentaram sobre a moradora de rua que via não apenas aquele show, mas todos os shows, todos os dias em que eles se apresentam na Paulista, assim como contaram a história da moça que estava doente, indo para o hospital, e ao ver o show durante alguns minutos os agradeceu falando que a curaram. Eles também me mostraram um monte de presentes que recebem, como DVDs e roupas típicas do Michael.
Detalhe que cada informação sobre o Michael Jackson é provida de um emaranhado de lembranças sobre o cantor. Durante tudo isso me lembrei, por exemplo, do meu jogo do Master System em que o Michael jogava seu chapéu para destruir os inimigos e é claro, do filme Moonwalker. Bem, esse eu achei no Youtube e acho legal colocar aqui para encerrar essa experiência. Dá pra assistir o filme agora e na sexta, sábado ou domingo dar uma passadinha na Paulista e prestigiar os filhos da dona Deise, afinal, salve o Rei do Pop!
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Adolfo Martins

Adolfo Martins é comunicólogo, presepeiro e criador do Não Só o Gato. Rebolou para conseguir alguns diplomas e, até o momento, já se aventurou profissionalmente na noite e na área de comunicação de uma grande instituição de ensino. Adora bolo de laranja com teorias polêmicas e um bom espresso.

 Fonte:  Blog: Não Só o gato